Agora que o meu casamento já passou, não pretendo mais só postar coisas sobre noivas e afins aqui, mas é claro que meu último post oficial sobre o assunto tinha que ser sobre a noiva mais famosa dos últimos tempos! Confesso que a confirmação de que foi Sarah Burton para Alexander McQueen a autora do vestido de Kate me deixou emocionada! Não só porque pessoalmente meu sonho era casar de McQueen, mas sob o ponto de vista da moda, a escolha é perfeita: McQueen personifica o talento criativo e vanguardista misturado ao cuidado extremo das técnicas artesanais. A estilista por sua vez já declarou que teve "a experiência de uma vida" ao criar o vestido e com a exposição do Metropolitan sobre Alexander que vai ser inaugurada na próxima segunda-feira, a marca vai passar por um momento importante e feliz.
Mas vamos aos detalhes do que interessa: o vestido tem flores de rendas no corpete e na saia, aplicadas através de uma técnica irlandesa do século XIX chamada Carrickmacross. As bordadeiras eram integrantes da Royal School of Needlework, que fica em Hampton Court Palace. O buquê discreto foi criado por Shane Connoly com diversas flores que simbolizam o amor, a felicidade e o casamento – uma delas chama-se sweet William!
O vestido, com as lindas pregas das costas é um mix de seda marfim e branca, com corselete que era uma das marcas registradas de Alexander McQueen e volume nos quadris. Os sapatos também são da grife, forrados com a mesma renda. Já o véu de tule de seda também teve flores bordadas pela Royal School of Needlwork. Um dos acessórios mais observados foi a tiara da Cartier, emprestada pela rainha, e que pertenceu à bisavó de William, a rainha mãe (esposa do rei George VI). Os brincos da noiva foram presentes dos pais, Carole e Michael, feitos pelo joalheiro Robinson Pelham, de acordo com os novos brasões da família.
A maquiagem estava perfeita, sem exageros e ressaltando os pontos fortes da noiva. Parece que foi a própria Kate quem fez. E os cabelos soltos não foram nenhuma surpresa, afinal a agora duquesa de Cambridge sempre os usa soltos (e como não está calor em Londres e ela vai ter que abraçar um monte de gente, as mechas caindo nos ombros não atrapalha em nada).
Agora, uma questão paira no ar: será que o modelo do vestido vai ser tão influente quanto o da sogra Diana foi nos anos 80? Ele estava discreto, romântico e delicado, seguindo todos os protocolos reais. Mas as plebéias do século XXI não são muito chegadas a mangas compridas e quem opta por elas, principalmente aqui no Brasil, em geral usa para a cerimônia religiosa e em lugares mais frios, e normalmente elas funcionam como boleros que são retirados durante a festa. A saia muito cheia nos quadris é outra forma não muito popular - o modelo sereia ou ajustado ao corpo costuma ser o campeão na preferência.
Resumindo, em tempos de moda democrática e de múltiplas silhuetas, a influência do vestido de Catherine Middleton já não deve ser tão forte quanto no passado. Por mais que as mulheres continuem sonhando em serem princesas por um dia, elas não querem abrir mão de exibir seus atributos físicos e a personalidade...
E viva os noivos!
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