W: Relevante ou Redundante?

 Há alguns meses fiz um post sobre a nova cara da W, agora sob o comando do Stefano Tonchi e da minha expectativa de conferi-la, já que a revista sempre foi uma das minhas preferidas. Comprei a edição de setembro, que ainda não terminei de ler e que até agora não me empolgou. Entendo que editar uma revista de moda hoje é mais difícil do que nunca, afinal, como ser relevante e fazer a diferença quando todas as notícias importantes podem ser lidas diariamente na internet? Sobram os editoriais e a possibilidade de matérias com conteúdo aprofundado já que produções magníficas e textos muito longos não costumam emplacar online. A W poderia explorar muito bem essas oportunidades já que não tem tantas amarras comerciais quanto a Vogue, por exemplo porém aparentemente não houve muito esforço nesse sentido.

As primeiras capas da nova versão vieram com atrizes semi-desconhecidas. Pode ser que a estratégia não tenha dado certo pois a capa de novembro é ninguém menos que Kim Kardashian nua na “art issue” (a edição anual dedicada a arte que Tonchi decidiu manter). Bem, onde está a relação entre as duas não faço idéia e aí que me decepciono. Não tenho nada contra as Kardashians serem famosas apenas por estrelarem um reality show (que, aliás, adoro e dou boas risadas assistindo) mas daí a uma delas merecer a capa de uma das revistas de moda consideradas mais conceituais já vai além da minha compreensão e é difícil não acreditar que o objetivo maior seja apenas fazer bonito nas bancas. A motivação é justa nesses tempos de crise mas este tipo de apelo editorial é apenas lamentável.  A W já não é mais uma das minhas revistas preferidas...