sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Botas com tudo no inverno!


Por Beta Taliberti

Quem não se apaixonou pelas botas que Juliana Jabour apresentou para o inverno 2008? Impossível resistir a essas belas botas! O acessório promete vir com tudo no próximo inverno e se você faz a linha descolada e não se sente bem com botas mais arrumadas, tem uma ótima opção da marca All Star. A bota laranja abaixo é um dos 20 modelos de All Star selecionados na Wish List de hoje do site Meninas da Moda, que comemora o centenário da marca. A seleção não é só de botas, traz tênis de cano alto e outros de cano baixo bem charmosos. Confira os outros modelos aqui!






Semana de Moda de Paris - Dia 06

Por Mirela Lacerda

Admiro muito a Alessandra Facchinetti. Não pelo talento como estilista mas pela coragem de assumir duas marcas cujos designers fizeram história. Primeiro foi a Gucci, sob o fantasma eterno de Tom Ford. Agora, a Valentino, simplesmente o “último dos grandes” nomes do século XX. Imagino a ansiedade que ela não sentiu ontem antes do desfile começar. Pressão, muita pressão, Alessandra!!! Mas ela se saiu bem e conseguiu trabalhar os clássicos de Valentino dando uma cara mais jovem à grife (foi para isso também que ela foi contratada, não?). O tailleur reestruturado foi um dos pontos altos. Estavam lá também os laços, os babados, as rendas e tules, o cuidado com os pequenos detalhes, como nos botões e até mesmo os longos vermelhos. O usado por Angela Lindvall não deveu nada ao mestre Val. Talvez depois da experiência frustrada com a Gucci, a estilista esteja mais escaldada e pronta para seguir fazendo história na moda.

Valentino

Stella McCartney deve estar pensando muito na realeza, ou melhor ainda, na herança de sua família. Afinal, sua coleção estava recheada de estampas de brasões e formas que lembram tapeçarias medievais. Muito nobre. Mas todo mundo sabe que sua preocupação principal é a ecologia, por isso, ela colocou boas opções de fake fur e couro sintético na passarela, para quem não abre mão do look mas se preocupa com o bem-estar dos animais. Acho que Stella está em sua melhor forma quando une o esportivo e o feminino nos casacões, nas túnicas e nos vestidos: micro, tomara-que-caia, balonê e rendados, que são unanimidade para qualquer mulher!


Stella McCartney
Stefano Pilati se superou dessa vez. Eu podia ficar horas olhando para cada look. A coleção da Yves Saint Laurent tinha um clima meio anos 80, meio futurista e o foco era todo sobre o corte das roupas. As modelos usavam perucas pretas em forma de cuia, tapando os olhos. Boa parte das peças era em tweed cinza. As cores, aliás, eram sóbrias, com muito preto e alguns tons de azul. Os grandes destaques foram os boleros de cauda, os vestidos geométricos, as calças curtas e a cintura marcada. Já dá para prever que esses looks vão ter uma influência planetária, ainda que as versões que chegarão às lojas estejam anos-luz da modelagem impecável de Pilati.

YSL

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Semana de Moda de Paris - Dia 05 - Hussein Chalayan, Givenchy e Lagerfeld

Por Mirela Lacerda

Hussein Chalayan é o cientista da moda. Acho que nenhum outro estilista pensa a moda como ele e se inspira em coisas como a “evolução humana” em suas coleções. Estampas de pedra e pedras de Swarovski remetiam, claro, à Idade da Pedra! E no final, uma modelo com um body e várias luzinhas em volta reproduzia a teoria do Big Bang. Fora isso, sua coleção era perfeitamente comercial, com muitos vestidos assimétricos, drapeados, minis, looks em preto, micro estampas coloridas e tecidos tecnológicos.

Hussein Chalayan

Na Givenchy, Riccardo Tisci fez uma das coleções mais bonitas para a marca, até agora. Ele andou viajando pela América do Sul e se encantou com a nossa cultura católica. Os primeiros looks me lembraram a Madonna no começo de carreira e aqueles mil colares e crucifixos que ela usava. Mas foi apenas uma lembrança vaga, já que a Givenchy é muito chique e o estilista investe pesado na modelagem. As calças retas, os blazers, os casacos e as camisas de babados eram perfeitos. As rendas, super delicadas e os looks finais, cheios de bordados artesanais lindos! Já é uma das minhas coleções favoritas da temporada...

Givenchy

No desfile de Karl Lagerfeld, o que mais gostei foram os primeiros looks, de jaquetas sobre mini saias pregueadas e os que lembravam a silhueta da Belle Époque, com saia longa, blusas corseletadas e de mangas redondas volumosas.


Karl Lagerfeld

Semana de Moda de Paris - Dia 04 - Lacroix, Dries van Noten e Ungaro

Por Mirela Lacerda
Ontem foi um dia recheado de desfiles importantes e bem diversos, que podem ser divididos em duas partes. Em uma, estão as marcas que apostaram nas cores e estampas como Christian Lacroix, Dries van Noten e Ungaro. A outra fica por conta dos que optaram por poucas cores e foco na modelagem: Hussein Chalayan, Givenchy e Karl Lagerfeld. Destes, falo no próximo post.

O desfile de Lacroix começou bem sóbrio, com casacos com ou sem mangas, ou mangas de plumas, em preto e branco. Mas depois sua tradicional explosão de cores apareceu com as estampas abstratas, que pareciam pintadas no próprio tecido. Lindas. Para finalizar, vestidos monocromáticos em pink, amarelo limão e laranja.

Christian Lacroix

Dries van Noten é sempre um dos desfiles que mais espero na semana de Paris. A-do-ro seu uso de cores e estampas e o mix étnico que ele faz em toda coleção. Desta vez ainda tinha uns casacos brocados e algumas peças de pele que me lembraram um pouco Paul Poiret.



Dries van Noten

Na Ungaro foi a estréia de Esteban Cortazar, de apenas 23 anos, à frente do estilo. Considerei que a Ungaro estava colorida pois a imagem que tenho (e acho que a maioria das pessoas tem) da marca é o uso de cor. Talvez para quebrar essa tradição, o estilista decidiu não usar muitas cores, apenas uns toques de rosa e muito cinza. Uma pena, pois as formas estavam muito boas, especialmente as com amarrações e torcidos. As estampas também não estavam lá muito alegres. Anyway, vamos esperar a próxima para ver se ele “pega o jeito”.

Ungaro

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Uma aula de moda com Nicolas Ghesquière

Por Mirela Lacerda

Suzy Menkes entrevistou Nicolas Ghesquière para o IHT Style. O bate-papo é uma verdadeira aula de moda, da herança de Cristobal Balenciaga ao desenvolvimento da coleção que foi desfilada ontem. O estilista também fala dos planos futuros, que incluem a abertura de uma loja eco-friendly em Los Angeles. Vale muito a pena assistir:

Semana de Moda de Paris - Dia 03

Por Mirela Lacerda



As outras coleções de destaque ontem foram: Ann Demeulemeester, Comme des Garçons, Jean Paul Gaultier, Veronique Branquinho e Viktor & Rolf.


O desfile da Ann foi bom, porém repetitivo demais. Bonitos os casacos de pele de carneiro tingidos de roxo e as jaquetas acinturadas até os quadris.



Ann Demeulemeester



Na Comme des Garçons, Rei Kawakubo brincou com a cafonice. Mas como quem veste a grife é sempre cult e nunca brega, as peças como os casacos e camisas xadrez de corações bordados, os vestidos de poás e os looks lingerie não tem como não serem classificados como itens descolados para mulheres de estilo.

Comme des Garçons


Jean Paul Gaultier está mais selvagem do que nunca pois usou todo tipo de pele em seu desfile. Não sei como o PETA não invadiu a passarela. Anyway, gostei dos trench-coats e dos vestidos de veludo coloridos.

Jean Paul Gaultier


Na coleção de Veronique Branquinho, o que achei melhor foi o uso de tecidos como o náilon. O efeito brilhoso nos vestidos deu um ar bem refrescante ao desfile.



Veronique Branquinho

Finalmente, o desfile de Viktor & Rolf foi o mais divertido da temporada. Eles brincaram com a palavra “No”, com um efeito 3D no primeiro look (um trench cinza), absolutamente incrível! O “No” apareceu bordado em camisetas e pintado no rosto das modelos. O que os estilistas querem dizer com isso? Múltiplas interpretações...mas eles são otimistas, afinal a expressão “dream on” também apareceu em vários looks, que aliás estavam ótimos: pantalonas bordadas, corselets, vestidos assimétricos e calças skinny. As cores eram preto, cinza, vermelho, cinza e marrom, este último ganhou um belo efeito sob um tecido transparente preto. Amei as botas "em camadas"!Vamos continuar sonhando...

Viktor & Rolf

Celular Fashion e Barato


Por Beta Taliberti

Navegando pela web hoje descobri uma boa oferta de celular fashion. Nas grandes cidades, é difícil investir em um celular que pode ser roubado ou furtado em pouco tempo, então o ideal é procurar celulares fashion a preços acessíveis. A dica é esse modelo Moto RAZR V3 à venda por R$ 399,00 no http://www.comprafacil.com/. O valor pode ser parcelado em 10x de R$ 39,90, uma boa opção para quem quer ter estilo nas ligações sem gastar muito. Clique no link e confira!

Semana de Moda de Paris - Balenciaga

Por Mirela Lacerda

Marc Jacobs falou em austeridade. Miuccia Prada também. Agora é a vez de Nicolas Ghesquière para a Balenciaga dar a cartada final para o clima da estação. Para o próximo outono/inverno, ele fez um mix entre os acervos da maison e suas coleções recentes. Abrindo o desfile, looks arquitetônicos (como a coleção de outono 2006), com pepluns, quadris destacados, saias com aberturas frontais, casacos ovo em couro envernizado vermelhos e pretos e jaquetas de mangas arredondadas. Depois vieram as calças retas e secas (primavera 2006), jaquetas meio armadura, meio sci-fi (primavera 2007) e estampas florais abstratas (primavera 2008). Tudo isso, com tecidos tecnológicos e modelagem impecável. Para deixar tudo ainda mais perfeito, jóias nos pulsos e nos pescoços das modelos!





terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Semana de Moda de Paris - Dia 02

Por Mirela Lacerda

Gosto muito de Martin Margiela. Primeiro por ele ser belga, segundo por todo o mistério que ronda a sua imagem (ele não aparece nunca no fim dos desfiles e não dá entrevistas) e terceiro por ser extremamente inteligente na concepção de suas roupas. Sempre fico me perguntando qual é a mensagem por trás de cada look... Desta vez há uma certa certa sensualidade no ar com os bodysuits com pedaços de tecido tipo rede ou jérsei, que formam saias e vestidos assimétricos. Até aí tudo bem. Mas eis que aparecem golas (se é que podem ser chamadas assim) imensas, cobrindo quase o rosto das modelos. Algumas são continuações do blazer ou do vestido de tricô, outras são inseridas como um acessório. Dá um certo nervoso de ver, parece um silenciador de voz ou um mega cordão de controle. Hum...o que será que Margiela quer dizer?


Martin Margiela
Yohji Yamamoto fez uma parceria com a Hermès. Calma, ele não vai lançar a próxima it bag, apenas trabalhou junto com a grife no desenvolvimento do couro, que dominou boa parte do desfile, com muitas jaquetas. Gostei mais do uso de tricôs e padronagens clássicas e da mistura das cores (azul, laranja, vermelho, verde), além da modelagem de alguns casacos, com cachecóis já acoplados. Super útil.

Yohji Yamamoto

As belas pinturas nos tecidos do desfile de Vivienne Westwood não foram feitas por nenhum grande designer, mas sim por crianças de 7 ou 8 anos. Dame Vivi pediu que elas se imaginassem defendendo o mundo dos danos ambientais. E assim, apareceram as estampas alegres e fofas do desfile, que tinha um cenário reproduzindo uma floresta tropical. A pintura também se estendeu para o rosto das modelos. Apesar de não gostar muito das formas, achei tudo muito lúdico e divertido. Vivienne soube chamar atenção para um problema sem deixar o clima “carregado”.


Vivienne Westwood

A Isabel Marant é um hit entre as jovens francesas. Coleção descomplicada mas cheia de estilo, looks esportivos mas femininos, calças largas, cintura marcada, túnicas, xadrez e desenhos tribais/indígenas. Não tem porque não gostar!


Semana de Moda de Paris - Dior

Por Mirela Lacerda

Ontem, a semana de Paris realmente começou. Na Christian Dior, Galliano deu mais uma demonstração de que sabe fazer roupas para a vida real (gosto muito mais dele assim do que antes, com aquelas coleções loucas que não dava nem para identificar a modelo).


A trilha sonora tocando Mrs. Robinson denunciava a musa e a época que o inspiravam: os anos 60. Tudo era muito ladylike e colorido (as palavras otimismo e opulência estavam na mente do estilista), com muitos tailleurs de saias A com comprimento nos joelhos, botões grandes e colarinhos com detalhes de pele, além de padronagem príncipe-de-gales, estampas de círculos, bordados de pedrarias e plumas (a cara da Mrs. Robinson).


As peles eram puro glamour e a cartela de cores, uma das mais bonitas até agora: cereja, laranja, roxo, verde-limão, rosa, branco e cinza. Christian Dior ficaria orgulhoso e Bernard Arnault deve estar tranquilo pois sabe que a coleção vai vender horrores...

Semana de Moda de Paris - Cacharel


Por Mirela Lacerda

Lembra que contei sobre a estréia da dupla Eley Kishimoto no estilo da Cacharel e a intenção de fazer um desfile na própria loja da grife? Pois é... o desfile, ou melhor a instalação, rolou lá mesmo e no lugar das modelos estavam manequins com máscaras de bichos! A coleção estava muito fofa e feminina, cheia de estampas divertidas, como a da torre Eiffel desenhada. Tomara que eles consigam renovar a Cacharel de verdade! Estou torcendo.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Semana de Moda de Paris - Dia 01

Por Mirela Lacerda

A Semana de Moda de Paris começou com poucos desfiles expressivos. Mas, de cara, pelo que rolou ontem já deu para notar as diferenças da capital francesa para as outras: glamour e conceito sempre andam lado a lado por lá. A Balmain, de Christophe Decarnin, é uma marca pra cada vez mais ficar de olho. Ah, sim, alguém lembrou de trazer o “sexy back”. Meio punk, meio rock, meio anos 80, recheada de vestidos curtos e justos, estampas de leopardo e zebra, brilhos, bordados, vazados e calças curtas, ele acertou em cheio no conceito! Os longos semitransparentes também estavam lindos. Um deles tinha duas serpentes aplicadas, contornando o torso (me lembrou uma coleção do Tom Ford pra Gucci). Não é nenhum prêmio de originalidade, mas who cares?
A AF Vandevorst é uma marca que admiro muito e que está comemorando 10 anos. As roupas não são muito fáceis de usar, mas sempre interessantes. Os casacos, jaquetas etc, são super bem cortados, eles abusam das sobreposições e do jogo de cores. Nesta coleção não foi diferente. Preto, cinza, laranja e azul eram os tons. Gostei especialmente de um vestido que vai do cinza ao preto e de outro, azul, usado por cima de uma camisa, mas que sozinho deve ter uma proposta completamente diferente (e aí está a graça!).
AF Vandevorst

Balmain

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Trailer oficial de "Sex and the city", o filme.

Por Fernanda Weber.

Depois do teaser que mostrava um pedaço do casamento de Carrie Bradshaw e John Big no começo da campanha lançamento do filme "Sex and the City", foi lançado o trailer oficial da película. A estréia do filme será no dia 30 de maio nos EUA.
Me decepcionei um pouco com o trailer. Gostava muito do seriado e acho que o filme não parece ser tão bom quanto.
O que vocês acham?




sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Semana de Moda de Milão - Dia 06

Por Mirela Lacerda

A temporada italiana está chegando ao fim. Ontem foi a vez de Dolce & Gabbana, Versace, Fendi, Dsquared e Pucci, que fecharam o círculo das marcas realmente importantes.
Domenico Dolce e Stefano Gabbana surpreenderam de novo. Depois da coleção de primavera super romântica, agora o campo inglês e os anos 70 se encontraram na passarela, numa evolução do que eles trabalharam na D&G. Resumindo: os dias de looks super sexy da dupla já eram! O novo comprimento é o longuete das saias em tweed ou xadrez, acompanhadas de suéteres e jaquetas com lenços amarrados no pescoço e boinas. As calças jeans e de veludo cotelê são retas e com a barra italiana. Os terninhos, com colete, estavam impecáveis. Os 70’s ficaram por conta da estampa David Bowie de uma camiseta. Outros detalhes: peles, bolsas clássicas com fecho de metal, sapatos oxford e rendas. Os looks finais ficaram um pouco deslocados, já que eram vestidões volumosos, como os da última coleção. Mas tudo bem. A mulher de Dolce & Gabbana pode estar mais comportada, mas continua querendo chamar muita atenção!

Dolce & Gabbana
Enquanto isso na Versace, Donatella continua o seu rehab de excessos da grife. A coleção foi super minimalista, com mini vestidos e casacos acima dos joelhos em looks monocromáticos (preto, roxo, cereja e amarelo). As exceções eram os looks em vinil preto, as peles, e a estampa “colagem urbana” em algumas peças. Mas a Versace não é Versace sem os longos, que claro, fecharam o desfile. Alguns tinham recortes estratégicos, outros 1 ombro só ou eram tomara-que-caia. A marca sempre acerta mesmo é no casting estrelado: Daria Werbowy, Carmen Kass e Angela Lindvall foram da uma "forcinha" pra Donatella.

Versace
Na Fendi, Karl Lagerfeld trouxe referências futuristas e dos anos 80, com casacos de mangas fofas ou arredondadas, mini saias e cintos na grossos. Mas o grande trunfo são as peles (sem julgamentos de uso, já que elas estão totalmente fora da realidade do nosso clima). Adorei saber que algumas sofreram um tratamento em que ouro é misturado ao material, ou seja, um casaco desses realmente vale ouro! É impressionante o que a indústria de luxo inventa para atender aos seus milionários clientes...

Fendi
Matthew Williamson recriou um clima de alpes para a Pucci. Entre looks esportivos, como parkas e leggings, as estampas vieram em tons pastel de amarelo, rosa e verde. Fora do ski, vestidos de jérsei, mini saias e detalhes de peles nos casacos. Não sei...sempre acho que falta algum elemento mais coeso nas coleções da Pucci para elas ficarem completas.


Pucci
A Dsquared começou o desfile com looks para uma secretária chique e elegante, cheio de saias lápis, blusas de gola rulê e cardigãs. De repente essa secretária resolveu cair na noite e ficou muito trash com os vestidos, saias e blusas com zíperes, lingeries e meia arrastão. Uma pena.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Semana de Moda de Milão - Dia 05

Por Mirela Lacerda

Neste quinto dia de desfiles, nada muito emocionante. A Marni iniciou o dia com seu sport-chic, cheio de sobreposições e um mix único de cores. Gosto muito da marca, mas esse desfile em especial teve um clima de déja vu forte, sem nada realmente novo, sabe?

Marni


A Gucci, por outro lado, consegue variar bem as coleções sem perder a (nova) identidade trazida por Frida Giannini. A mulher sexy da marca agora misturou boemia dos anos 70, rock'n roll e indumentária russa. E, realmente, as russas vão adorar essa coleção, assim como as brasileiras e todas as habitantes dos chamados mercados emergentes que adoram ostentar muitas informações ao mesmo tempo. A nova it bag será a "Babuschka" e legal mesmo será usar muitas pulseiras, relógios, anéis e colares, além das correntes e faixas amarradas nas calças e saias (de cintura baixa). A estampa tipo tapeçaria era bem interessante. No fim das contas, mesmo fazendo algo fora da tendência (os sinais apontam para um temporada austera e mais minimalista), a Gucci se destaca pelo diálogo perfeito com seu público-alvo. Ponto para ela.


Gucci

Roberto Cavalli nunca deve ter ido num típico baile de formatura americano. Mas, claro, isso não o impediu de recriar debutantes na passarela, com direto a muitos "prom-dresses" e até coroa na cabeça. Os vestidos bordados de saia rodada eram até bonitos, mas tinham mais cara de verão do que de inverno (a não ser também que ele esteja mais de olho no Brasil do que na Europa...).

Roberto Cavalli

A coleção do Alessandro Dell'Acqua foi bem confusa. Os looks começaram com casacos, calças e blusas em bege e laranja, depois apareceram vestidos de mangas fofas em verde, azul e vermelho, além de algumas peças corseletadas feitas de tafetá. Nada muito significativo.


Alessando Dell'Acqua

Juliana Jabour para Eastpak

Por Crib Tanaka

Adoro mochilas, mas, depois que a gente sai do colégio, termina deixando um pouco de lado o modelito de duas alças, super prático e street. A Eastpak fez uma parceria com a estilista Juliana Jabour e já me deu aquela coceirinha de must-have. O resultado são cinco mochilas customizadas e com desenhos exclusivos. Olha que fofas essas três da foto!



A Eastpak fica na Rua Augusta, 2685. O preço? R$260

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Semana de Moda de Milão - Dia 04

Por Mirela Lacerda

Além da Prada, os destaques de ontem foram Blumarine, Bottega Veneta e Salvatore Ferragamo. A Blumarine, de Anna Molinari, é sempre jovem, feminina e colorida. As italianas adoram e o resto das jovens endinheiradas do mundo também. Nesta coleção, o vestido-camisola foi a peça-chave, aparecendo em várias cores e com detalhes de bordados e brilhos. Para acompanhar o modelito no frio, cardigãs de pele (bonitos, por sinal). As mais atiradinhas vão adorar as estampas de leopardo que apareceram em profusão nos vestidos e casacos. O desfile também teve um clima anos 70 com calças boca-de-sino e coletes mas fechou com os tradicionais vestidos longos de chiffon ou jérsei.

Blumarine
A década de 70 também apareceu na Salvatore Ferragamo, agora com Cristina Ortiz na direção criativa. Os looks estavam sensuais demais para o mood da estação e para o perfil da marca. O que funcionou melhor foram os trenches de couro e as pantalonas. Os detalhes de correntes nas alças das blusas e vestidos até eram interessantes, mas deixaram as peças a um passo da vulgaridade.

Salvatore Ferragamo

Já a Bottega Veneta, assim como a Prada, deu uma lição de simplicidade chique. Tomas Maier é um craque da alfaiataria e suas técnicas são nítidas nos vestidos retos de lã ou jérsei (esse com drapeados), nos casacos com aplicações e nos tailleurs impecáveis. Os looks monocromáticos, incluindo meias e sapatos, funcionaram muito bem – as cores eram cinza, verde, azul, telha e roxo. Os longos finais eram absolutamente perfeitos, ainda que super simples! Adorei.
Bottega Veneta

Semana de Moda de Milão - Prada

Por Mirela Lacerda


Não precisei esperar até hoje de manhã para saber o que rolou no desfile da Prada, porque ontem à noite o blog da Cathy Horyn já tinha as informações. Bom, como sempre Miuccia Prada sempre trabalha com a última coisa que imaginamos que ela trabalharia, neste caso, a renda. Looks inteiros em renda preta, marrom, dourada, prata, azul clara e laranja.

Ou seja, a renda é “o” material da estação e, claro, vamos ver mil versões do material já na nossa primavera/verão. Só que a renda da Prada foi feita artesanalmente na Suíça, o que significa que vai ser muito cara. Assim a grife consegue elevar o seu prêt-à-porter de luxo para um nível quase de alta-costura e continuar se diferenciando.


Rendas geralmente são sinônimos de extrema feminilidade e romantismo. Mas o outono/inverno da Prada foi bem austero e contido. Como disse Miuccia, ela queria fazer algo minimalista, que fosse feminino e forte, mas no fim das contas não tão sexy. Recado dado. A sensualidade está mesmo em baixa e a mulher que veste Prada, longe de ser o diabo, não quer seduzir de forma óbvia e por isso usa camisas de gola alta por baixo das blusas de renda, algumas com uma espécie de basque na cintura.


As saias rendadas nos joelhos, apesar de transparentes não eram nada vulgares (até porque na vida real elas não vão ser usadas daquele jeito). Apareceram também outros materiais nos vestidos retos, com pequenos detalhes de renda ou looks em preto, lisos. Os acessórios? Bolsas médias de renda ou couro, colares enormes, óculos “sci-fi”, sandálias com “asas” e falsas botas até os joelhos.

Alguns comentários sinalizam para uma releitura do nerd-chic dos anos 90, por causa das camisas fechadas e da intenção de resgatar o minimalismo. Realmente esses elementos estavam lá, porém nada era literal. Se existe uma tendência de volta ao minimalismo (assunto que há uns 3 anos surge em uma ou outra coleção, inclusive da Prada), será combinando simplicidade com detalhes luxuosos. E quem faz isso melhor que Miuccia Prada?

Obs: No site da Elle, há uma matéria sobre o poder de renovação constante da grife. Vale a pena ler e relembrar algumas coleções.